quinta-feira, 3 de novembro de 2011

“Meu tipo preferido de gente é aquela que espirra engraçado, que ri com a mão na barriga, que canta e dança qualquer música. Aquele tipo de gente que tropeça e finge que tá correndo, que sai de pijama na rua, que acorda rindo. Gente que não planeja tudo. Gente que pede licença, que diz “obrigado”, que pede desculpas, que chora assistindo filme. Aquele tipo de gente que é muito sincera, mas sabe…. Quando e como falar, aquele que conversa olhando nos olhos. Aquela gente que diz que te ama, que mexe no cabelo dos outros, que lê as coisas no elevador, que conta piada, que joga conversa fora, que te organiza uma festa surpresa, um almoço ou um jantar surpresa… Aquele tipo de gente que te faz sorrir, que te faz sentir importante, que se importa. Aquele tipo de gente que não tem vergonha de ser feliz. Gente que gosta de gente.”
“Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.” — Martha Medeiros
“— Digo que às vezes eu tenho vontade de ter outra vez um amigo como aqueles que a gente tinha na adolescência. Aqueles pra quem você contava tudo, absolutamente tudo. E que no fim você nem sabe mais se é amigo ou irmão. — Ou amante. — Ou amante – ele repetiu. Depois jogou-se outra vez na cama, tirou uma folha amassada do bolso e leu: – Eu digo que estou disposto a qualquer coisa, eu digo assim: “Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada. Daqui há pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue mais perto”.” — Caio Fernando Abreu
Olhei ao meu redor e me pus a chorar ao ver que nada daquilo que estava refletido bem a minha frente valia a pena. Olhei para o passado e percebi que nenhuma história me completava ao ponto de me fazer querer viver novamente, percebi que era tolice querer os mesmos locais e as mesmas pessoas ao meu lado no futuro e a partir daí fui me tornando nômade, amante da mudança. Agora sem pensar em ninguém, vou sozinha seguindo apenas em frente, em busca de tudo e de nada ao mesmo tempo. Não espero por amigos e nem por amores, espero apenas viver. O resto que vier junto com sensação de viver servirá apenas para erguer ainda mais meu sorriso. - Hilda Seleme

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. - Caio Fernando Abreu
Ah, mas tudo bem. Em seguida todo mundo se acostuma. As pessoas esquecem umas das outras com tanta facilidade. Como é mesmo que minha mãe dizia? Quem não é visto não é lembrado. Longe dos olhos, longe do coração. Pois é. - Caio Fernando Abreu
Tenho sentido coisas inexplicáveis, carências incuráveis… Ninguém acredita, mas eu sou uma pessoa muito sozinha. Não pense que isso é ruim não, porque ruim é não sentir nada, a solidão faz parte. Tenho sentido uma vontade sobrenatural de ligar para alguém que já não me atenderia mais, tenho vontade de dizer que faz falta o que não vivi. - Caio Fernando Abreu